quinta-feira, março 30, 2006

 

MultiplicaSUS

(Realizado no Hospital Fêmina nos dias 27, 28 e 29 de março)

Uma boa oficina se dá quando não se esgota o debate inicial ao término das atividades. Ao contrário de sanar dúvidas, um programa como o MultiplicaSUS gera ainda mais dúvidas nos participantes. E é essa dúvida, essa curiosidade, que permeará o perfil do profissional da saúde.
"(Re)descobrindo o SUS que temos para construirmos o SUS que queremos" foi o mote inicial para uma fantástica demostração, tanto da parte dos instrutores/facilitadores quanto dos participantes de anseio por mudanças.
Sair da inexorabilidade do destino - ou seja, do determinismo no qual é impossível lutar contra o sistema - para passar para a construção da mudança, consolidada pela conscientização da participação popular foi a lição que todos tivemos. Todos, independentemente de cor política, credo religioso ou convicção pessoal.
Resgatar a identidade, a auto-estima da unidade funcional do SUS, o funcionário, foi o estratagema subentendido. Estratagema esse capaz de escutar as experiências individuais, agrupá-las às do grupo e ampliá-las ao longo das 24 horas de oficina. Tudo isso através de práticas interdisciplinares, descompartimentalizando áreas isoladas do conhecimento. Muito mais do que profissionais de instituições, os funcionários do GHC e de outras áreas do Ministério da Saúde foram tratados como seres humanos.
Com o respaldo de todas as técnicas utilizadas, quem terá mais a ganhar é o foco orientador de toda e qualquer política do Sistema Único de Saúde: o usuário.
Seres que se apaixonem (sem medo de errar nas paixões), que sejam curiosos (sapientes do permanente aprendizado), que atuem politicamente (de forma ampla, não necessariamente ou tão-somente em partidos políticos) conseguirão transformar o SUS incompleto - o que temos - naquele preconizado pela legislação vigente - o que queremos.

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